terça-feira, 10 de abril de 2012

Morre o Artista plástico Berega, uma estampa do Rio Grande

Com pesar que fica aqui o comunicado de falecimento do artística plástico Berega – Luiz Alberto Pont Beheregaray - no,dia 09/04, em Uruguaiana. O sepultamento será hoje terça-feira, dia 10/04, às 15h. Berega nasceu em 26 de maio de 1934, em Uruguaiana.

Luiz Alberto Pont Beheregaray, conhecido por Berega, nasceu em 26 de maio de 1934 em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, Brasil.

Desenvolveu seu gosto e talento pelo desenho ainda na infância mas somente passou a trabalhar profissionalmente como artista plástico no início da década de 70.

Sua temática foi recorrente às impressões da cultura de sua terra, sua região e suas impressões de sua infância em meio ao pampa gaúcho: sua gente, sua cultura e suas coisas e o inseparável cavalo. Neste quesito, rompeu fronteiras e o retratou em inúmeras raças, nos infinitos movimentos, usos, culturas e esportes.

Apaixonado pela cultura regional gauchesca, é um estudioso meticuloso de todos os aspectos relacionados, de sua história aos seus costumes. De suas matizes às suas texturas. De seus movimentos à sua impressão estática de sua forma. De sua força à complascência na fragilidade de linhas tênues e delicadas perpetuadas em seu trabalho.

Tem sido sempre lembrado pelos nativistas, tradicionalistas, estudiosos e artistas por ter marcado referência em vários aspectos, recebendo ainda homenagens e citações em outras obras como poesias e letras de músicas.

Berega em seu traço forte, meticulosamente trabalhado, vai desde o lado jocoso dos tipos terrunhos nos sempre lembrados Calendários da Petróleo Ipiranga S.A. às centenas de retratos realistas de pessoas e animais usando uma técnica que aprimorou por anos na pintura sobre couro como suporte.
Mostrando desenvoltura do desenho à pintura, do humor ao retrato realista, nunca deixou de estudar à fundo os detalhes, os porquês, a origem. Reflete assim um artista que sempre buscou o completo e o fiel embasado em sua pesquisa, características de seriedade com seu trabalho e disposição na busca da melhoria contínua.



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CONSELHO

LETRA: ADAIR GOULART
MUSICA: FELIPE CORNEL
RITMO: CHAMAMÉ


Meu filho, puxa um cepo e senta aqui
Conta pra mim o que tentas me esconder
Sei dos teus planos para seguir teu destino
Só não me falas para não aborrecer.
Pra mim tu és apenas um guri,
Mais ta na hora vamos prosear um pouquinho
Sei que já esta com o pé no estribo
De malas prontas para seguir teu caminho

No fundo, um pai sempre sabe,
Que Filho é igual passarinho
Mal criam penas nas asas
E logo abandonam o ninho
Uns alçam vôo bem ligeiro
Outros demoram um pouquinho
O certo é que todos voam
E deixam os velhos sozinhos

Comigo não foi diferente
Quando eu tinha sua idade
Enchi um balaio de sonhos
E fui vender na cidade
Lutei muito, foi difícel
Graças a Deus consegui
Hoje estou colhendo os frutos
Dos meus sonhos de guri.

Se és teu sonho, sigas em frente meu filho
A estrada e longa, firma o trote Guri
Que Deus ilumine teu caminho
E tu que sabes o que melhor pra ti.
Só não desistas no primeiro obstáculo
Pois este será o mais difícel transpor
Os próximos serão bem mais fácil
E compensará a tua luta e teu suor.

Quando teu sonho se tornar realidade
Não te tornes arrogante e indiferente
Nunca esqueças tua terra e tua origem
Os teus amigos, tua casa e tua gente
Sejas humilde, sincero e respeitador
Assim do jeito que eu tenho te ensinado
Pois estas são as principais virtudes
Que torna o homem conhecido e respeitado

Se por acaso alguma coisa der errado
Que Deus permita ainda estarei por aqui
Tenha certeza, não vai ta desamparado
O Rancho é teu, volta pra casa guri...

sábado, 19 de novembro de 2011

Milonga para fazer cordas

Letra: Adair Goulart e Osmar Proença

Musica: Felipe Cornel

Quando escuto esta milonga
Minha alma se acomada
Chairo a faca, arrasto o couro
E me sento pra fazer corda
De uma lonca preparada
Tiro tentos bem fininhos
Pois fico com a mão serena
De quem vai fazer carinho

Milonga dos meus encantos
Que me traz recordação
Da morena, flor e chita
Que enfeitava o meu rincão
Meu pensamento te busca
Na quietude do galpão
E me traz serenidade
Pra trançar com perfeição

Milonga corpo moreno
Milonga doce ilusão...
Lembranças do amor ingrato
Que levou meu coração.
Quando a china se fascina
Pelo luxo e a vaidade
Troca a lua e as estrelas
Pelas luzes da cidade

Quando escuto esta milonga
Sei que meu mundo é aqui
Galpão, potreiro e rodeio
Pago santo onde nasci.
Não sou um homem do povo
Do campo e minha descendência
E não nasceu rabo-de-saia
Pra me tirar da querência

Já escutei esta milonga
Mateando ao lado da china
Hoje maneio a saudade
Trançando uma corda fina
Meus dedos passeiam ágeis
Pelos tentos bem parelhos
E a verdade nisso tudo
É que eu nunca fui guasqueiro.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ROMANCE DE MORTE E CARREIRA

Romance de morte e carreira

Esta musica,tenho um grande carinho por ela, baita obra do meu amigo Felipe Oliveira, participou do 25º Ponche Verde na cidade de Dom Pedrito.

Letra: Felipe Oliveira
Musica: Felipe Cornel
Ritmo: Zamba
Violões solo: Felipe Fagundes e Rafael tatu
Violões base: Felipe cornel e Guga Marques
Bombo Leguero: Anderson Marques
Interpretes: Felipe Cornel, Guga Marques e Anderson Marques


Madrugaram antes do canto dos galos
No rancho posteiro da estância antiga
Duas almas com lumes de campo
Brilhando pela ultima vez nesta vida

Distancias se alongam depois da partida
E no posto circundam ares sombrios
O tropel aos poucos vai silenciando
E o coração apertando como nunca se viu

O sol sonolento teimava em seu catre
Trazendo o ódio de alguém desalmado
Que nas patas do parelheiro picaço
Perdeu o que tinha na vida juntado

Carreira parelha fucinho a fucinho
Na cancha ajeitada do seu maldonado
Um taleiro errado no negro cavalo
Se perde na poça quem vence é o gateado

E aquilo que tinha perdido na cancha
Com a folha da faca veio cobrar
Pouco importava o sangue inocente
Trazia nos olhos a morte a vingar

Contra a força brutal e a faca afiada
Sozinha no rancho nada pode fazer
Depois dos gritos ficou o silêncio
Pois a cruz que carrega condena a morrer

E os cobres rendidos no ágil gateado
Ao invés de ser sorte transformou-se em culo
E o agouro por destino campeou a volta
Trocando as flores pelo negro do luto

De volta ao rancho vê o amor que partiu
E a vida ao posteiro perdeu o sentido
Ficou um gaucho pela própria faca
Sobre a flor colorada estampada no vestido

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Meus olhos de carreteiro

Musica que participou da 18ª Estãncia da canção gaucha de São Gabriel
Letra: Ivonir Leher
Musica: Felipe Cornel
Intérprete: Felipe Cornel e Quarteto Cambará
2º Lugar da fase local e melhor arranjo vocal

MEUS OLHOS DE CARRETEIRO
Ritmo: Chamarra

VENCENDO ESTRADA NORTE A SUL COMENDO POEIRA
VAI A CARRETA NUM RANGIDO SONOLENTO
VELHO RIO GRANDE QUE NÃO MORRE NESTAS PLAGAS
FRONTEIRA ANTIGA ONDE O PROGRESSO ANDA TÃO LENTO

CANGA ,GUIADA TRÊS JUNTAS DE BOIS FRANQUEIROS
CARRETA INTEIRA QUE AO DESPACITO SE VAI
SULCANDO O VERDE DOS CAMPOS ABRINDO TRILHAS
HERANÇA VIVA DA TERRA DOS MARECHAIS

AONDE ANDAM MEUS AVIOS DE CARRETEIRO
MEU CUSCO OVEIRO E AS LEGUAS DE CORREDOR
SÓ RESTAM CAUSOS DAS NOITES DE ACAMPAMENTO
POVOANDO A INFÃNCIA DE UM PIAZITO SONHADOR

QUANDO A BOEIRA DESPONTAVA NO HORIZONTE
E UM CINCERRO REPINICAVA ANUNCIANDO
NO PONCHE VERDE E ORVALHADO DA COXILHA
TOCAVA A LIDA REPECHANDO O MINUANO


NO MÊS DE JULHO REPONTANDO AS INVERNIAS
RUMO A PELOTAS JÁ QUEBREI TANTAS GEADAS
UARDEI NOS OLHOS A VASTIDÃO DA CAMPANHA
QUE ME ACOMPANHA NA ULTIMA CARRETEADA

terça-feira, 25 de outubro de 2011

18ª Estãncia da canção gaucha de são gabriel

Bueno moçada, no final de semana dos dias 13,14,15,16 e 17 estive participando da 18ª Estãncia da canção gaucha, na gaucha cidade de são gabriel, estive por la participando com duas obras, Meus olhos de carreteiro, musica minha e letra do meu amigo Ivonir Leher e Flor de tuna de Edilberto teixeira e musica de Ênio Medeiros, tivemos o prazer de conquistarmos o segundo lugar da fase local com Meus olhos de carreteiro e o primeiro lugar com Flor de tuna, e ainda de quebra ganhamos o melhor arranjo vocal com Meus olhos de carreteiro. Quero deixar aqui um agradecimento especial aos companheiros de estrada que fizeram parte desse momento junto comigo, Guga marques, Walan Lemos, Lucas Cornel, Itamar Fialho, Jorge Prado, Edilberto Teixeira Neto( betinho), Lucas Arnhold, Marcelo Oliveira e Ênio Medeiros. Valeu pela parceria e amizade, grande momento.






domingo, 11 de setembro de 2011

CLASSIFICADAS PARA A GAUDERIADA FASE LOCAL

Quando o Tempo Trouxe a Resposta

Letra e Música- Jair Goularte e Felipe Pinheiro


Comparsa Tirando o Velo

Letra e Música- Jorge Peres Machado


De Ofício Domador

Letra- Jorge Peres Machado

Música- Sérgio Pereira


Cantar é Preciso

Letra – Mário Calegaro

Música- Ronaldo Miler



As Nuvens Que Vem de Lá

Letra e Música- Sérgio Roberto Vieira



Entre o Verso e o Saber

Letra e Música- Fábio Prates


Piquete Parceria

Letra e Música- Fábio Prates


Oliveira Silveira, História e Legado

Letra e Música- Marco Antonio Gomes Soares


Enquanto Arruma os Arreios

Letra- Sandro Alex Vieira e Sérgio Pereira

Música- Jorge da Costa Prado


Alumbrados

Letra- Joel de Freitas Paulo

Música- Nirion Machado